"Era uma vez uma mulher.Essa mulher era amada. Por ser amanda, era reconhecida como inteira em si mesma. Por ser reconhecida, era livre para existir. Essa mulher vivia com os pés na terra e a cabeça nas nuvens, possuía todos os atributos de uma deusa. Era humana e ao mesmo tempo divina e havia algo de selvagem em seus olhos que nenhuma civilização ou religião poderiam domar.Por isso mesmo,essa mulher foi temida e, por ser temida, foi reprimida e banida do convívio dos demais. Ela foi queimada nas fogueiras da ignorância, amordaçada nas malhas da censura, presa nas correntes da indiferença. Após tantos séculos de repressão, aqueles que a haviam reprezado acreditavam que sua luz havia finalmente se extinguido; que sua natureza selvagem e aterradora havia desaparecido por completo. Porém, essa mulher faz parte da própria natureza, ela é a própria natureza e não pode ser aniquilada. De sua completude temos apenas resquícios mas ela sobrevive nas histórias e nos contos de fada e no fundo da alma de todos, homens e mulheres que sentem um profundo sentimento de vazio e solidão em suas vidas. Eles escutam o chamado que vem dos ossos, das profundezas da carne. O chamado da mulher selvagem, há muito reprimida, há muito massacrada mas de nenhuma forma esquecida."
Clarissa Pinkola Estés nesse brilhante livro sai em busca "daquela que sabe", a mulher selvagem. É um verdadeiro trabalho de escavação das partes mais subterrâneas da psique em busca de algo muito precioso que foi há muito tempo contido. Através de contos de fada e mitos, a autora procura aos poucos revelar as muitas facetas da alma feminina que tem sido tão maltratada não apenas pela sociedade mas pela própria mulher, que se afastou de sua parte selvagem.
Mulheres que correm com os lobos é uma verdadeira viagem ao interior daquela parte mais profunda de nós mesmos da qual insistimos em fugir. É uma busca por aquilo que há de mais verdadeiro e mais essencial em cada um de nós. Uma missão de vida que, mais cedo ou mais tarde, todos teremos que cumprir. .
VidaloucaVidabreve
A vida é a falta de definição. É transitória e ninguém nunca está preparado.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Fala a Loucura
Com efeito, desde que apareci nesta numerosa assembleia, desde que me dispus a falar, não vi logo brilhar nos vossos olhos uma alegria nova e extraordinária? Não vi os vossos rostos desanuviarem-se? E as gargalhadas que de toda a parte se ouviram, não anunciaram a doce alegria que penetrou nos vossos corações, e o prazer que experimentastes com a minha presença? Agora, quando vos olho, parece-me ver os deuses de Homero, ébrios de néctar e de nepentes: em vez de estardes, como ainda há pouco, tristes e inquietos, como pessoas que acabavam de sair do antro de Trofónio.
(...)
Tal como o brilhante astro do dia, mal os seus primeiros raios dissipam as trevas que cobrem o horizonte, ou como a primavera, depois de um rigoroso inverno, leva atrás de si o louco rebanho dos doces zéfiros, e, imediatamente, tudo se modifica sobre a Terra, um colorido mais brilhante embeleza as coisas, e a natureza rejuvenescida apresenta, aos nossos olhos, um espectáculo mais agradável e mais risonho; do mesmo modo, a minha presença entre vós produziu uma mudança bem feliz, O que os grandes oradores têm enorme trabalho em realizar, com infindáveis estudados discursos, esta minha única presença fê-lo num instante: vistes-me, e imediatamente todas as vossas inquietações se dissiparam.
Sabei, antes de mais nada, que pouco me importam esses sábios que lá porque um homem se louva a si próprio, lhe chamam tolo e impertinente. Que lhe chamem louco, vá; mas concordem, ao menos, que procedendo assim se conduzem de maneira inteiramente conforme com esta qualidade. Na realidade, haverá coisa mais natural do que ver a Loucura exaltar os seus próprios méritos, e cantar ela, em pessoa, os seus louvores? Quem poderia, melhor do que eu, descrever-me tal como sou? A não ser que surja alguém que pretenda conhecer-me melhor do que a mim própria me conheço.
Além disso, agindo assim, creio conduzir-me muito mais modestamente que o comum dos sábios e dos grandes. Dominados por uma má vergonha não se atrevem a louvar-se a si próprios, mas geralmente chamam para junto de si um panegirista enjoativo, qualquer poeta palrador, que por dinheiro se compromete a louvá-los, isto é, a vender mentiras. No entanto, o herói pudibundo empertiga-se como um pavão, ergue arrogantemente a crista, assim que o seu gabador impudente se atreve a igualar aos deuses o mais desprezível dos tartufos. Quando propõe, como modelo perfeito de todas as virtudes, aquele que sabe que está cheio de todos os vícios, quando enfeita a gralha com as penas do pavão, quando tenta branquear a pele de um negro, quando se esforça por fazer passar uma mosca por um elefante... Enfim, faço o que diz o provérbio: «Se ninguém te louva, louva-te tu, a ti próprio».
pedaço do livro ...
O Elogio da Loucura, Erasmo de Roterdão ( foda)
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Amor-próprio x egoísmo
Ao fugir do amor-próprio, a pessoa corre o risco de cair no egoísmo que é a distorção de um ego frágil, carente, ferido ou traumatizado. O egoísta não acredita no amor, porque não se ama e duvida que possa ser amado. Acha que, por não ser amado, não vai receber ajuda de ninguém; por isso, tenta apoderar-se de tudo. Nessa ânsia, ele não se preocupa com ninguém e passa por cima de qualquer um.
Dentro da dinâmica do egoísta, podemos observar que ele não usufrui do companheirismo porque não pode ser transparente nas suas intenções. Não se pode mostrar como é. Nunca é direto e aberto, espontâneo ou autêntico. O egoísta não pode desfrutar de proximidade com o outro, porque não pode ser visto. Reflete sempre a imagem e não a pessoa. Não pode gozar de reciprocidade, porque não tem nada para dar. Não participa da mutualidade, porque não sabe trocar. Desconhece as vibrações do amor, porque a sua ação é constantemente governada pelo interesse próprio. Nem do sexo ele pode desfrutar, porque só pensa em usufruir.
O egoísta não pode interagir intimamente porque não se consegue entregar para uma relação honesta. Não emite calor, é frio, distante, solitário. Pode até acumular muito, mas é um eterno carente, com um vazio constante. Está sempre insatisfeito, porque sofre até com o que come.
O amor-próprio também não é narcisismo. O narcisista gosta demasiado de si próprio. Tem um ego inflado, pensando que é a coisa mais importante do mundo. Adora a sua própria imagem. Não cresceu para se tornar um adulto nas trocas com o mundo. A sua imagem é o objecto de adoração. Não se cuida no que é essencial, mas gasta a vida no que é artificial, invertendo os valores. Valoriza a banalidade, vulgariza o que é nobre. Falseia a modéstia; finge humildade com um objectivo: promover--se. Não sabe que o ser humano é mais que a imagem; que a pessoa é mais do que a imitação. O seu rosto não muda, porque é uma máscara que não envelhece.
Dentro da dinâmica do egoísta, podemos observar que ele não usufrui do companheirismo porque não pode ser transparente nas suas intenções. Não se pode mostrar como é. Nunca é direto e aberto, espontâneo ou autêntico. O egoísta não pode desfrutar de proximidade com o outro, porque não pode ser visto. Reflete sempre a imagem e não a pessoa. Não pode gozar de reciprocidade, porque não tem nada para dar. Não participa da mutualidade, porque não sabe trocar. Desconhece as vibrações do amor, porque a sua ação é constantemente governada pelo interesse próprio. Nem do sexo ele pode desfrutar, porque só pensa em usufruir.
O egoísta não pode interagir intimamente porque não se consegue entregar para uma relação honesta. Não emite calor, é frio, distante, solitário. Pode até acumular muito, mas é um eterno carente, com um vazio constante. Está sempre insatisfeito, porque sofre até com o que come.
O amor-próprio também não é narcisismo. O narcisista gosta demasiado de si próprio. Tem um ego inflado, pensando que é a coisa mais importante do mundo. Adora a sua própria imagem. Não cresceu para se tornar um adulto nas trocas com o mundo. A sua imagem é o objecto de adoração. Não se cuida no que é essencial, mas gasta a vida no que é artificial, invertendo os valores. Valoriza a banalidade, vulgariza o que é nobre. Falseia a modéstia; finge humildade com um objectivo: promover--se. Não sabe que o ser humano é mais que a imagem; que a pessoa é mais do que a imitação. O seu rosto não muda, porque é uma máscara que não envelhece.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Viva a experiência de descobrir novidades!!
Jhoao Henr
Viva a experiência de descobrir novidades, como uma criança pequena. Saia deste casulo de coisas já vividas, porque toda manhã é um dia completamente novo. Cada segundo, uma surpresa e uma oportunidade.
Não olhe com olhos de ontem, porque o ar está renovado, as folhas estão frescas, tudo está diferente de antes, e teus olhos podem te enganar. Tuas idéias podem te enganar.
Teu problema de ontem, hoje, pode apresentar uma nova perspectiva. Tua perda de ontem pode trazer, hoje, um novo ganho. Será que tú vais enxergar?
Viva a experiência de descobrir novidades, como uma criança pequena. Saia deste casulo de coisas já vividas, porque toda manhã é um dia completamente novo. Cada segundo, uma surpresa e uma oportunidade.
Não olhe com olhos de ontem, porque o ar está renovado, as folhas estão frescas, tudo está diferente de antes, e teus olhos podem te enganar. Tuas idéias podem te enganar.
Teu problema de ontem, hoje, pode apresentar uma nova perspectiva. Tua perda de ontem pode trazer, hoje, um novo ganho. Será que tú vais enxergar?
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Se tu tens necessidade de ser o que dizes... porque não te joga?
Emancipa..excita o teu ego mais apurado!
Tá esperando o que? que te vejam? que te aceitem? que te ditem o que e certo?
Acorda! Que nessa corda se tu bobear tu cai antes de respirar.
O certo não és tu quem cria? seria!
Fala serio! Pensa certo!
Só existe certeza se tu te permite
Se tens a necessidade que dizes
Por que não te jogas então dentro da tua multidão?
Se tu tens disposição de fazer coisas que não podem ser feitas aos olhos de quem vê, sinta-se a vontade, partindo disso é que conseguirás faze-las.
Então busca dentro de ti essa necessidade de ser tudo e mais um pouco.
Sem medo, sem emenda.
Completamente novo.
Emancipa..excita o teu ego mais apurado!
Tá esperando o que? que te vejam? que te aceitem? que te ditem o que e certo?
Acorda! Que nessa corda se tu bobear tu cai antes de respirar.
O certo não és tu quem cria? seria!
Fala serio! Pensa certo!
Só existe certeza se tu te permite
Se tens a necessidade que dizes
Por que não te jogas então dentro da tua multidão?
Se tu tens disposição de fazer coisas que não podem ser feitas aos olhos de quem vê, sinta-se a vontade, partindo disso é que conseguirás faze-las.
Então busca dentro de ti essa necessidade de ser tudo e mais um pouco.
Sem medo, sem emenda.
Completamente novo.
O que tá dentro do coração? nem se tem noção pra contar
Quais são as horas que o tempo concede? não se sabe mesmo se viver
E a tua história que eu nem sei?
Vou logo te dizendo..diz pra mim só o que convém
Amor puro? que força tem?
História por completa nem sempre é certa.
Só vou te adorar em tudo se o tudo eu não souber
Aqui ou em outro lugar que pode ser feio ou bonito haverá o céu.
Sem ter certeza qual sua cor.
Quais são as horas que o tempo concede? não se sabe mesmo se viver
E a tua história que eu nem sei?
Vou logo te dizendo..diz pra mim só o que convém
Amor puro? que força tem?
História por completa nem sempre é certa.
Só vou te adorar em tudo se o tudo eu não souber
Aqui ou em outro lugar que pode ser feio ou bonito haverá o céu.
Sem ter certeza qual sua cor.
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